O Bruno explica como simples se torna complexo e 5 passos se tornam rapidamente em 30.
O processo por detrás da construção de um website pode ser normalmente dividido em 5 passos simples – que frequentemente se mostram bastante complexos.
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Esta premissa é algo que pode parecer assustador, mas é no fundo um conceito que se for tido em conta desde o início, não só se poder tornar fácil de ultrapassar, como eventualmente até ajuda na optimização de tarefas para os projectos que daí advêm.
Podemos dividir as fases do projecto em arcos gerais com etapas bem definidas, as quais obedecem a determinadas regras que se forem cumpridas, evitam cair numa espiral dantesca de má preparação e noites mal dormidas. Estas fases poderão ser divididas em:
1. Briefing
O briefing é a fase inicial do projecto na qual o cliente nos diz aquilo que pretende. Pode ser feito em reunião física, em videochamada ou até através de uma troca de e-mails.
Esta é a fase em que ainda não se começa efectivamente a trabalhar no projecto, mas em que se tenta perceber qual o seu futuro e de se como deverá desenvolver. Nesta fase, (e como estou a falar especificamente de desenvolvimento de websites) os pontos importantes a reter da informação que o cliente passa, são:
- O objectivo do projecto
- A inspiração / identidade visual do projecto (Os chamados “guias visuais” que deverá seguir)
- Quais são os requisitos técnicos a cumprir
- Qual é o prazo estimado de conclusão
- O que é fornecido por cada uma das partes (cliente e agência).
Digamos que esta é a fase de pôr os pontos nos “i” (sim, habitualmente só se faz quando as coisas correm mal, mas o que queremos é evitar que isso aconteça), para estabelecer as bases de arranque e começar a delinear o passo seguinte.
2. Deliberação
Nesta fase, após termos recolhido toda a informação possível no briefing, devemos ponderar bem e avaliar a quantidade de tempo que este vai requerer à equipa, tanto em horas como em energia.
Esta fase é importante por dois motivos:
- Em primeiro lugar, ao definir quanto tempo é que iremos gastar e a complexidade de um determinado projecto à cabeça, estamos a poupar dissabores futuros com prazos que estão prestes a ser ultrapassados e fases de re-desenvolvimento porque “não percebemos à primeira a mensagem o que o cliente queria transmitir”.
- Em segundo lugar, porque permite que o projeto seja executado com um ritmo de trabalho regular, garantido uma melhor qualidade e resultados finais sem restrições de tempo imprevistas.
3. O Design/Layout/Arquitetura
Esta é a fase em que o projecto verdadeiramente arranca, no sentido de “pôr as mãos na massa”.
Pode ser feita de forma simples, desenvolvendo a arquitectura do projecto (saber que página fica em que secção do menu, ou que campos tem este tipo de conteúdo) sem qualquer guia visual que indique o aspecto final do website, ou então desenvolvido em conjunto com a parte visual do projecto, na qual o Designer desenvolve a identidade visual do site em conjunto com a arquitectura do site, com ou sem input directo do Developer, dependendo da complexidade do projecto.
Esta é a fase que pode variar mais na execução de qualquer projecto – Uma landing page à partida tem um grupo de interações e regras fundamentais muito reduzidas e bem definidas, pelo que o design e a arquitectura da mesma podem ser rapidamente desenvolvidas pelo designer, sem a necessidade de grande input do Developer que irá pegar no projecto e tratar da fase seguinte. Já um projecto mais complexo, como uma loja online ou uma web app deve ser cuidadosamente definida com layouts específicos, e todas as interações e usos de caso devem ser estudados para que a fase de desenvolvimento seja o mais fluída e unidirecional possível.
4. Desenvolvimento
Está na hora de dar vida ao projecto e é neste momento que se começa de facto a transformar um projecto num produto final. Apesar de ser normalmente a fase em que é gasta a maior parte das horas alocadas a um projecto, é também, de certa forma, a mais simples de descrever – É aplicar um código por trás de um design e finalmente colocar o projecto a funcionar.
5. Testes, testes e mais testes
Raramente, ou até praticamente nunca, um projecto fica perfeito à primeira tentativa.
É preciso testar várias vezes para garantir que tudo funciona da forma esperada e que todas as variáveis definidas estão a ser tidas em conta – se todos os botões funcionam como é suposto, se tudo aparece como está definido em desktop, tablet e smartphone, e depois de testar tudo e de corrigir tudo o que não esteja correcto, voltar a testar e (re)testar para ter a certeza que nenhuma das correcções afectou de forma negativa o projecto.
É também das fases mais difíceis de executar na perfeição. Várias situações afectam o nosso discernimento na altura dos testes – familiaridade com o projecto, cansaço visual devido à quantidade de horas gastas (“sempre a ver a mesma página”), ou simplesmente pequenos vícios que adquirimos na nossa forma de utilizar a web que muitos utilizadores não têm e que dessa forma, influenciam a forma como os a interação com o produto final é feita.
Infelizmente a melhor forma de evitar isto é fazer passar o produto pelo maior número de mãos possível, estendendo a base de testers e criando uma certa redundância na altura de apanhar bugs ou pequenos erros com que aprendemos a conviver e até nos esquecemos nas fases anteriores.
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Concluindo, todas estas fases têm a sua importância no produto final, e nenhuma delas deve ser descurada pois pode afectar negativamente as fases seguintes e até mesmo a conclusão do projecto. E se algumas vezes esse efeito pode ser mínimo, em outras alturas pode ser catastrófico. Por isso, o ideal é nunca avançar para a fase seguinte sem ter a certeza de que tudo o que deve ser feito na fase anterior foi cumprido.